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Olaria

- Os artefactos cerâmicos são, naturalmente, os materiais mais abundantes no Outeiro.Os oleiros ou oleiras do Bronze final recolheriam o barro no próprio povoado ou nas proximidades devido à boa qualidade que as argilas destes terrenos revelam para a produção cerâmica.A modelação seria feita em ambiente doméstico, ou seja, no interior do próprio povoado.Estão presentes formas de todo o tipo, desde grandes recipientes de armazenagem e transporte, à cerâmica utilitária de cozinha, até às pequenas taças de manufatura cuidada. Todas as peças são de fabrico manual, apesar de neste período poderem surgir as primeiras produções em roda de oleiro. Algumas peças apresentam particularidades locais, como é o caso das asas em pega larga, às vezes dupla, inseridas nas paredes dos grandes recipientes, como se fossem rebites. Existem fabricos grosseiros e outros mais finos, por vezes ostentando decorações variadas, sendo a técnica de ornatos brunidos a mais comum.Para além dos objetos utilitários também se encontram, entre as cerâmicas, peças usadas noutras atividades como por exemplo uma “ficha de jogo” que foi elaborada através do aproveitamento de um fragmento de uma peça decorada com ornatos brunidos.Talvez devido à natureza argilosa dos solos da região, a tradição oleira continua bem patente até aos dias de hoje, como é demonstrado pela manutenção desta atividade artesanal na vila de Beringel, produtora de diversa cerâmica de cariz utilitário.Para conhecer melhor a cerâmica no Outeiro do Circo realizaram-se algumas atividades e projetos de arqueologia experimental sobre cerâmica, de modo a reproduzir as técnicas de fabrico documentadas nas cerâmicas arqueológicas, mas também para testar as propriedades dos vários tipos de argila da região, as formas de cozedura, entre outras questões que esta temática levanta.

 

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